O sol já se havia posto há algum tempo. Estava agora um fino frio de Outono, que de forma subtil, deslizava pelas frinchas da janela daquela sala empoeirada e desnuda. O meu rosto por detrás das vidraças embaciadas pelo quase imperceptível sopro, que de forma descontrolada ia deixando sair das minhas entranhas, poisava desmaiadamente sobre um dos seus seis rectângulos frios e grotescos. Olhava, entristecida não sei bem porquê as águas do rio. O meu corpo, quase inerte, quase gélido, quase pálido, termia descontroladamente, a minha mente atropelava-se entre sinapses nervosas e atarefadas (não sei bem com que pensamentos). Talvez a ponte fizesse sentido. Talvez aquele lugar, aquela janela, aquele fino frio outonal, fizesse todo o sentido. Talvez o ali estar, quase nua, quase gélida, quase pálida, talvez a imensidão de pensamentos desconectados, fosse a forma que a minha imensa saudade tivesse encontrado para te chamar... Mas para quê? Não faz sentido! Talvez não seja nada disso, talvez todo este aglomerado de peças soltas e insanas, fossem nada mais nada menos, que a forma que o meu inconsciente encontrou para me abanar e chamar-me à razão... Talvez (e agora sim, faz sentido) a ponte representasse um ponto de viragem, assim estaria explicada a força que exercia sobre mim...
Estão fantásticas, umas cores divinais.
ResponderEliminarParabéns.
Beijos.
Estão espectaculares....
ResponderEliminarCumprimentos
Uma fotografia deslumbrante... Muito boa... muita classe neste trabalho! Parabéns.
ResponderEliminarThank you for sharing
ResponderEliminarThis fabulous work with us
Good creations