quarta-feira, 17 de agosto de 2011

-Uma mão cheia de tudo, uma vida cheia de nada!

Dizia o velho homem encostado ao poste de electricidade. O seu rosto cansado, cravado com fundas rugas, os seus olhos fundos, negros e intensos faziam adivinhar uma vida cheia de histórias, de aventuras, de amores e desamores.
De facto o carrinho de mão de que se fazia acompanhar, nada levava dentro. Talvez já tivesse carregado o peixe que nessa manhã os homens trouxeram das frias águas do Alto Minho. Talvez, aquele homem de olhar cansado já tivesse ido, rua acima, vender o peixe que lhe servirá de sustento...

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