Como é que num repente as luzes se apagam?!
Como é que que as cortinas da mente se fecham,
num piscar repentino?!
Como é que uma vida a fervilhar ascendee leva com ela toda a sua história?!
Como sobrevivem os laços que ternura,
além do toque, do cheiro, do som, do espaço partilhado?!
Como se separam as almas entre dois espaços
tão ténues e tão longínquos,
quando vivem entrelaçadas?!
Como se preenchem as ausências futuras?!
Terá o amor essa capacidade sublime de transcender espaço
e o tempo?!
Esse poder metafísico de abolir a separação das almas
e reuni-las,
em finos sinais de luz num espaço sideral?!
Hoje quero acreditar que sim!
Pois são almas que vivem além da vida,
fundidas, emaranhadas,
numa união muito mais profunda que a da matéria,
muito mais robusta que a morte
e tão sublime como cada amanhecer!
13.03.2024
Ana Ferreira
(Dedicado à minha amiga São, que tanto estimo)
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