Tu, que me levas nas tuas linhas semirretas
Pautadas por curvas de asfalto,
Embalas o olhar no céu saudoso
Vestido de rosmaninho.
Tu, que invades o solitário devaneio,
A quem as lúrias abrigam
Quando o sonho é despertado.
Tu, que guardas os murmúrios
Em cofres de ventanias,
Acolhes no teu regaço
O sopro ilusório dos condenados.
Tu, que entre equações de incertezas
Desvendas os infortúnios
Da malograda passageira que acolhes.
És o ponto de partida que procura a encruzilhada,
Destino de encontros desalinhados
Que sepultam sonhos almejados.
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